O QUE É

A Constelação Familiar é uma prática terapêutica que se baseia no princípio de que, muitas das nossas dificuldades atuais são reflexo de memórias transgeracionais e confusões familiares que tiveram início em alguma época, se tornaram crenças e hábitos e que, se perpetuaram ao longo das gerações. Essas histórias familiares acabam direcionando, de maneira inconsciente, a forma como fazemos nossas escolhas de vida. Quando nascemos, herdamos muito além da aparência física dos nossos pais, herdamos também, comportamentos, como estratégias de sobrevivência, emoções, traumas e crenças. Essas heranças invisíveis atuam como programações que nos direcionam em nossas vidas e em nossas relações. Através de uma Constelação olhamos para a origem sistêmica de nossas questões atuais e como consequência algo muda em nós. Olhamos para o que há por trás de um sintoma, de um bloqueio ou de um conflito. Dessa maneira, a Constelação Familiar nos ajuda a quebrar padrões familiares destrutivos, liberando memórias, sejam elas conscientes ou inconscientes e conteúdos reprimidos que estão se manifestando como impedimentos de vida. Padrões de acontecimentos sinalizam que algo do passado precisa ser olhado e liberado. Quando incorporamos o destino de um familiar através de suas memórias que vivem em nós, acabamos por repetir histórias de exclusão, sofrimentos, vícios, inversão de papéis sem que tenhamos controle sobre isso. Através desse olhar mais amplo que a Constelação Familiar nos oferece, muitos conflitos podem ser sanados, comportamentos podem ser modificados e bloqueios superados. Quando participamos de uma constelação, podemos descobrir novos caminhos e soluções para nossas vidas. Com a Constelação Familiar podemos também, perceber nosso posicionamento na hierarquia familiar e alinhar nossa postura com foco no equilíbrio de nossas relações. Esses princípios sistêmicos, se estendem também para outros grupos, seja o ambiente de trabalho, de estudos, para a família que constituímos e todos os demais grupos a que pertencemos. Esse olhar sistêmico nos permite expandir nossa consciência, nosso auto conhecimento e nosso poder pessoal. Aquele que sabe qual é o seu lugar na família, sabe também qual o seu lugar no mundo. A Constelação Familiar é uma abordagem terapêutica criada pelo filósofo e psicoterapeuta alemão Bert Hellinger que olha para as questões/dificuldades individuais por um panorama coletivo, sistêmico, familiar. Essa ideia nos leva a pensar nas famílias com repetidos casos de perdas, alcoolismo, vícios, violência, desarmonias, doenças entre outros acontecimentos que parecem estar conectados por algum tipo de sina ou de lei familiar. É como se alguns membros da família se sentissem fadados a repetir uma história que, por mais que tentem mudar, acaba sendo revivida por eles ou seus descendentes. A Constelação Familiar  pode ser realizada em grupo ou de forma individual, presencialmente ou à distância.

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As leis sistêmicas

 

 

Como as três leis sistêmicas afetam nossas vidas?

Bert Hellinger observou a existência de três leis naturais que regem o equilíbrio do sistema familiar e das relações em geral. Ele as chamou de Ordens do Amor. O oposto delas seria o amor em desordem, a que ele chama “amor que adoece”. Quando uma dessas três leis é quebrada ou desrespeitada a família entra em desordem, a vida fica pesada e difícil. Mas ao contrário, quando as três leis são respeitadas, a família segue próspera, saudável e equilibrada… em ordem. As leis sistêmicas se referem às necessidades do sistema para se manter em equilíbrio. São elas: necessidade de PERTENCIMENTO, necessidade de ORDEM E HIERARQUIA, e necessidade de EQUILÍBRIO E COMPENSAÇÃO ENTRE O DAR E O TOMAR.

1. PERTENCIMENTO  

Sobre isso Bert Hellinger diz: “Todos os membros da família possuem o direito de pertencer ao sistema. Se algum for excluído, outro membro tomará o seu lugar, repetindo o seu destino.”

A lei do PERTENCIMENTO é estabelecida pelo vínculo e diz que todos os membros têm o mesmo direito de pertencer à família. Esse vínculo é, por sua vez, estabelecido pelos laços consanguíneos, onde o que confere o direito a pertencer não é o nascimento, mas sim a concepção. Mesmo os bebês que não nasceram fazem parte do sistema familiar. Pessoas que se casam também passam a pertencer a uma mesma família, assim como pessoas que estabelecem vínculos por meio de eventos significativos, como alguém que doa uma herança e contribui para o sucesso dessa família; e também em caso de assassinatos, em que vítimas e assassinos passam a fazer parte do mesmo sistema familiar, pois tão grande quanto dar a vida à alguém é tirá-la. Assassinatos no passado da família podem indicar a necessidade da inclusão das demais partes envolvidas.

Quando um membro da família é excluído, rejeitado ou abandonado, a família toda sente os efeitos dessa exclusão. A família entra em desequilíbrio e sofre. É como se faltasse uma peça em uma máquina e isso gerasse a necessidade de algum tipo de compensação, ou reposição. Essa compensação se dá pelo sofrimento, um mecanismo utilizado pela consciência grupal para restaurar o equilíbrio original. Geralmente esse mecanismo utiliza a repetição ou a compensação como forma de restaurar o equilíbrio sistêmico. A repetição seria quando há alguma identificação de um descendente com um ancestral e esse repete o seu destino; a compensação seria quando fazemos o oposto do comportamento de um ancestral para buscar o equilíbrio. Nesse segundo caso, por exemplo, uma mãe submissa, que não se impõe em suas relações, de repente tem uma filha que é briguenta, chamada de “barraqueira”, sendo muitas vezes envolvida em conflitos. É como se essa filha inconscientemente dissesse: “Querida mamãe, se você não se impõe, eu faço por nós duas… Se você não fala, eu falo por você… faço isso por lealdade a você…

Alguns exemplos comuns de exclusões são os abortos não reconhecidos, filhos abandonados, filhos fora do casamento, filhos expulsos de casa, pessoas que fugiram para casar ou para outro fim, parceiros de relacionamentos anteriores, entre outros. Mesmo quando essa exclusão ocorre em segredo, a falta de um membro da família afeta o sistema de maneira inconsciente por gerações. Essa memória de exclusão se perpetua através da vida dos descendentes que, identificados com o primeiro excluído, repetem o seu destino e são também excluídos de alguma maneira. Muda o cenário, a época, os personagens, mas o sentimento de exclusão é o mesmo. Dessa exclusão derivam diversas mazelas, vícios e sofrimentos vividos pelos descendentes dessa família.

Quando cada membro é reconhecido no seu próprio lugar, o sistema segue estável e em equilíbrio.

2. ORDEM E HIERARQUIA

Sobre essa lei Bert Hellinger diz: “Os que chegaram antes estão acima dos que chegaram depois, incluindo os pais que chegaram antes dos filhos. Sem ordem não há amor.”

Segundo essa lei, quem chegou antes tem precedência e a cada um cabe apenas o seu papel ou posição dentro do sistema. Ela se refere à necessidade do respeito à hierarquia entre os membros da família. Quando essa hierarquia é desrespeitada, o sistema entra em desequilíbrio. Na hierarquia familiar, os pais são os grandes e os filhos, os pequenos, assim como num organograma empresarial, os gestores vêm em cima, os funcionários vêm embaixo. Quando um filho se sente maior que seus pais há inversão de papéis e a lei da ordem é infringida. Quando um filho toma um lugar que não é seu, fazendo, por exemplo, o papel de pai dos irmãos, ou quando uma filha age como se fosse mãe da própria mãe, ou o filho como pai do próprio pai, ocorre um desequilíbrio. Quando alguém faz um papel que não é seu, toma para si uma responsabilidade que não lhe cabe. Essa costuma ser a origem de inúmeras doenças, sintomas, brigas e conflitos familiares. Quando alguém é excluído, é comum outro membro da família tomar o lugar do excluído e fazer por ele o seu papel. Essa pessoa deixa, assim, de viver a própria vida e passa a viver o destino de outro. Outras vezes desejamos que os outros vivam conforme nossa vontade, que nossos pais, irmãos ou cônjuge façam o que queremos que eles façam. Agindo assim estamos nos portando como pais dessas pessoas. Quando tomamos consciência dessa inversão de papéis e aceitamos o destino do outro como é, retornamos ao lugar que nos pertence, a ordem é restaurada e o fluxo da vida segue com leveza, trazendo a todos alívio e liberação. Segundo essa lei, quando ocupamos o nosso lugar somos fortes, mas quando ocupamos o lugar de outro enfraquecemos.

“A pessoa não consegue tomar o que recebeu por fazer exigências, que é uma forma de rejeitar os pais. Quando alguém quer impor aos pais a maneira como devem ser ou o que deveriam fazer por ele, impede a si mesmo de tomar o que é essencial.” (Bert Hellinger).

3. EQUILÍBRIO OU COMPENSAÇÃO

Bert Hellinger diz: “O que dá e o que recebe conhecem a paz se o dar e o receber forem equivalentes. O equilíbrio entre crédito e débito é fundamental em todos os relacionamentos.”

Por fim, a lei da COMPENSAÇÃO, ou do equilíbrio entre o DAR e o TOMAR diz que tudo o que é dado precisa ser retribuído. Quando plantamos, esperamos colher. Quando um amigo dá um presente a outro, é natural que o que recebeu sinta uma pressão interna que o leva ao desejo de retribuir numa próxima oportunidade. No relacionamento de casal um dos parceiros faz algo pelo outro, o que recebeu fica feliz e retribui fazendo algo pelo outro, e é mediante essa troca que a relação se mantém. Todas as parcerias, amizades, sociedades e relacionamentos se baseiam em trocas. Quando apenas uma das partes faz pelo outro, a relação entra em desequilíbrio e tende a acabar.

Há diferença apenas nas relações verticais da hierarquia. Os pais dão para os filhos sem esperar nada em troca. Os filhos recebem e agradecem, pois já nascem recebendo algo muito grande de seus pais, a VIDA. Nenhum presente do mundo equivale em importância ao valor da vida recebida. Como, então, os filhos podem retribuir tudo o que receberam? Passando adiante. Seja passando aos seus filhos, seja pelos frutos do seu trabalho para outras pessoas. Algo que faça com que sua vida não seja em vão. Assim, podem honrar o que receberam de seus pais, e podem também dar sentido à sua vida. Dessa forma, na hierarquia familiar os grandes só dão e os pequenos só recebem. Os pais, avós, bisavós e acima são os grandes com relação aos filhos, netos, bisnetos, e assim por diante. Quando os pais exigem ou esperam algo dos filhos estão invertendo a ordem e o fluxo da vida fica invertido. A vida flui para trás em vez de fluir para frente.

Em seu livro No centro sentimos leveza*, Bert Hellinger diz:

“A ordem do dar e receber na família é subvertida quando um mais novo, ao invés de receber do mais velho e honrá-lo por isso, pretende dar-lhe como se fosse igual ou mesmo superior a ele. Isso acontece, por exemplo, quando os pais querem receber dos filhos e os filhos querem dar aos pais o que estes não receberam dos próprios pais ou dos próprios parceiros.

Pois então os pais querem receber, como se fossem filhos, e os filhos querem dar, como se fossem pais. Com isso, o dar e receber, em vez de fluir de cima para baixo, tem de fluir de baixo para cima, contra a força da gravidade. Porém essa forma de dar, como um riacho que quisesse subir a montanha ao invés de descê-la, não alcança sua meta.”

*No centro sentimos leveza, página 97, Editora Pensamento-Cultrix 2004, 2ª edição 2006, 7ª reimpressão 2017.  

 

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